17/02/10

Que escuro vai dentro de nós!


De repente, enquanto lutava ferozmente para me livrar de uma fila de trânsito "malino", nos arrabaldes de uma grande cidade deste estranho país, saiu das profundezas das ondas hertzianas, esta triste e peculiar cantiga, cantada pela "Senhora" de Manhouce!

Fala de um mundo cada vez mais velho e desprotegido! De gente sábia que apesar de conhecer os mais fecundos segredos da terra, por ser analfabeta, está cada vez mais só e vulnerável, não só perante a constante e irreprimível evolução do mundo e da vida, como também perante a cupidez, o cinismo e a hipocrisia de tantos e tantos abutres que por aí andam!

De súbito regurgitei um doloroso nó de saudades e, entre espasmos, pairou indefinidamente sobre o meu espírito, a urgente necessidade de regressar a Castro Laboreiro...

2 comentários:

Eira-Velha disse...

Bom dia!
Gostei deste assomo de nostalgia. Eu também sou uma espécie de "melro" que de vez em quando gosta de fugir para a "silvareira".
Por isso tenho andado ocupado a "desenterrar" os fantasmas do passado...
E que bem me faz...

Ventor disse...

Acho bem que vás passando por lá.
Faz bem ao ego! Eu sou de Adrão, mas já não passo sem dar as minhas saltadas a Castro Laboreiro.
Já tenho lá uma sala. O belo Restaurante do Miradouro de onde consigo falar com os fantasmas do castelo. Depois, ainda temos toda a "casa" para fazer umas caminhadas, nem que seja apenas com o olhar, acompanhado com umas passadas e ... esperar que o meu amigo Apolo me oriente a partida. Faz bem passar por isso!
um abraço,