17/02/10

Que escuro vai dentro de nós!


De repente, enquanto lutava ferozmente para me livrar de uma fila de trânsito "malino", nos arrabaldes de uma grande cidade deste estranho país, saiu das profundezas das ondas hertzianas, esta triste e peculiar cantiga, cantada pela "Senhora" de Manhouce!

Fala de um mundo cada vez mais velho e desprotegido! De gente sábia que apesar de conhecer os mais fecundos segredos da terra, por ser analfabeta, está cada vez mais só e vulnerável, não só perante a constante e irreprimível evolução do mundo e da vida, como também perante a cupidez, o cinismo e a hipocrisia de tantos e tantos abutres que por aí andam!

De súbito regurgitei um doloroso nó de saudades e, entre espasmos, pairou indefinidamente sobre o meu espírito, a urgente necessidade de regressar a Castro Laboreiro...