De repente, enquanto lutava ferozmente para me livrar de uma fila de trânsito "malino", nos arrabaldes de uma grande cidade deste estranho país, saiu das profundezas das ondas hertzianas, esta triste e peculiar cantiga, cantada pela "Senhora" de Manhouce!
Fala de um mundo cada vez mais velho e desprotegido! De gente sábia que apesar de conhecer os mais fecundos segredos da terra, por ser analfabeta, está cada vez mais só e vulnerável, não só perante a constante e irreprimível evolução do mundo e da vida, como também perante a cupidez, o cinismo e a hipocrisia de tantos e tantos abutres que por aí andam!
De súbito regurgitei um doloroso nó de saudades e, entre espasmos, pairou indefinidamente sobre o meu espírito, a urgente necessidade de regressar a Castro Laboreiro...