De repente, enquanto lutava ferozmente para me livrar de uma fila de trânsito "malino", nos arrabaldes de uma grande cidade deste estranho país, saiu das profundezas das ondas hertzianas, esta triste e peculiar cantiga, cantada pela "Senhora" de Manhouce!
Fala de um mundo cada vez mais velho e desprotegido! De gente sábia que apesar de conhecer os mais fecundos segredos da terra, por ser analfabeta, está cada vez mais só e vulnerável, não só perante a constante e irreprimível evolução do mundo e da vida, como também perante a cupidez, o cinismo e a hipocrisia de tantos e tantos abutres que por aí andam!
De súbito regurgitei um doloroso nó de saudades e, entre espasmos, pairou indefinidamente sobre o meu espírito, a urgente necessidade de regressar a Castro Laboreiro...
2 comentários:
Bom dia!
Gostei deste assomo de nostalgia. Eu também sou uma espécie de "melro" que de vez em quando gosta de fugir para a "silvareira".
Por isso tenho andado ocupado a "desenterrar" os fantasmas do passado...
E que bem me faz...
Acho bem que vás passando por lá.
Faz bem ao ego! Eu sou de Adrão, mas já não passo sem dar as minhas saltadas a Castro Laboreiro.
Já tenho lá uma sala. O belo Restaurante do Miradouro de onde consigo falar com os fantasmas do castelo. Depois, ainda temos toda a "casa" para fazer umas caminhadas, nem que seja apenas com o olhar, acompanhado com umas passadas e ... esperar que o meu amigo Apolo me oriente a partida. Faz bem passar por isso!
um abraço,
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