28/02/09

Um arrepio nas costas

Vou dizer-vos a verdade: - Sou um tipo cá de cima! Por isso nunca pensei (sobranceria minha!) que os melancólicos cantares e os tristonhos trinados das guitarras de Lisboa fossem compagináveis com os hábitos ou com as gentes e, muito menos, com as velhas pedras de Castro Laboreiro!

Pois enganei-me e é por isso que agora estou aqui! - Meio aparvalhado; com um nó na garganta e um arrepio nas costas!



Montagem: Xoan Arcodavella

Música: Mariza (a chuva)

21/02/09

A igreja

A velhíssima igreja de Castro Laboreiro (embora a sua actual configuração seja fruto da reconstrução a que foi sujeita entre 1775 a 1785, a sua fundação remonta provavelmente ao Séc. X, senão a época anterior!) vista de um modo que só um galego a poderia ver:



Autor: Xoan Arco da Vella

Obrigado Xoan. Deus tch'abençoue.

20/02/09

Entroido



Cá estamos nós de nobo no Entroido! Así que: - Ala farrangalheiros! A debertir-se!

15/02/09

The killer in me is a killer in you


A minha mulher flanou displicentemente aqui pelo "Blog" e disse-me que: - Lulas! Ainda que sejam à Castro Laboreiro não têm nada ver com o dia dos namorados!

E vai daí, não se coibiu de me dizer que, para honrar o tal dia dos namorados, deveria colocar no Blog a música do nosso "engate"!

Eu disse-lhe que não! Que a musiqueta em questão embora seja extremamente untuosa para nós dois, não merece, dado o tema incidir sobre uma criança excêntrica, ser seleccionada para banda sonora do dia dos namorados.

Ela, que nunca foi forte no inglês, disse que sim! Que tinha tudo a ver! Que a letra é perfeita! Que "The killer in me is a killer in you!" é a definição perfeita do casamento!

Perante esta boca, recriminei-me, uma vez mais, por ter casado com uma mulher sedutora e inteligente (são chatíssimas e inevitáveis!); e, sem pachorra, nem convicção para contradizer, aqui vos deixo a musiqueta em apreço:


Disarm. Smashing Pumpkins.

14/02/09

Lulas recheadas à Laboreiro


Ora aqui vai uma receita "mui própria" para o dia dos namorados:
-6 lulas
-75 gr. de manteiga
-2 tomates
-1 ramo de salsa
-2 colheres de pão ralado
-2 colheres de farinha
-1 decilitro de molho espanhol
-1 decilitro de azeite
-1 decilitro de vinho branco
-1 cenoura
-1 limão
-3 cebolas
Pica-se metade das cebolas acima mencionadas e refogam-se no azeite. Em seguida, juntam-se ao refogado o tomate picado, sem peles nem sementes, os tentáculos das lulas (picados), a farinha e o pão. Mexe-se tudo bem e tempera-se com sal e pimenta, devendo ferver por espaço de 5 minutos.
Enchem-se as lulas com este preparo, cosem-se-lhes as aberturas com (...) o resto da cebola e a cenoura cortada às rodelas, folhas de louro, pés de salsa e colocam-se-lhe as lulas em cima (do preparo restante). Picam-se estas com uma agulha para que não rebentem, tapam-se e levam-se a cozer em lume moderado.
Quando as lulas estiverem enxutas, regam-se com vinho branco e molho espanhol e, depois de cozidas, passa-se o molho, no qual se conservam até ao momento de se servirem.
Adiciona-se o sumo de limão acima indicado e, servem-se, dentro de prato coberto, polvilhadas com salsa picada.»
E agora lá vem a sacrossanta pergunta: - O que é que as lulas têm a ver com Castro Laboreiro? Porque "carvalhos" existe uma receita de lulas designada "à laboreiro"?
Eu digo: - A receita embora seja designada "Lulas recheadas à Laboreiro", nada tem a ver com Castro Laboreiro! Nada mesmo! Nem sequer o recheio! Pois nem sequer neste se detecta o mais leve resquício do oloroso e salivante presuntinho ou dos célebres e capitosos fumados da nossa abençoada terra, que por certo lhe ficariam bem!
Então de onde provirá essa inquietante designação: -"(...) à Laboreiro"?
Pois aqui vai, para vossa ilustração, a razão de tal mistério:
Esta receita é da autoria de um famoso "chef" português chamado Manuel Ferreira, que lá para os princípios da década de 30 do século passado, publicou uma obra designada: - «A Cozinha Ideal - Cozinha Pastelaria e Bar».
Nada solene ou intimidatório, o título, como podem ver! É contudo e pelo que pude saber, uma obra, ainda nos dias de hoje, de referência para todos os profissionais portugueses da deliciosa arte (ou pelo menos para os mais cultos!).
Bom! Para esclarecimento do nosso mistério diz-nos o "Chef" Manuel Ferreira, em nota que passo a citar: - «esta receita denominou-a o autor à Laboreiro, em homenagem a uma pessoa que não teve a honra de conhecer pessoalmente, mas que lhe disseram chamar-se Simão Laboreiro. Velho frequentador da Cervejaria Jansen, quando o autor era ali chefe de cozinha, aí pelos anos de 1920 e 1921, desde o dia em que, pela primeira vez, esse cliente comeu as lulas preparadas por este molho, lhes deu a sua preferência, pelo que, sempre que lá voltava, as pedia. Eis a razão por que o autor lhe dedica esta fórmula.»
Ora aqui está: - As lulas nada têm a ver com Castro Laboreiro; contudo, não deixa de ser um belo prato para celebrar o dia dos namorados! "Non bos parece"?
P.S: - O que é engraçado e tem mistério é o sobrenome do senhor Simão! Laboreiro? Só pode ser originário da nossa terra dizem os mais orgulhosos! Calma! Vou investigar e já vos direi algo.

11/02/09

"Os da Vila"

Ó Gente da "Bila":
- Venham por aqui e leiam isto! Mas tenham cuidado com a "possição" que assumem, isto porque, sem darem conta, ainda vos começam a nascer ventoinhas nas costas, coisa que, para extrair, é bem pior que um quisto! E, sobretudo se prezam o lustro dos sapatos e a vossa salubridade mental, evitem chafurdar na bosta!

Havendo qualquer dúvida sobre o teor de tão elucidativos textos, não percam tempo com o truculento mensageiro! Vão à fonte! Perguntem ao "eólico" Presidente da Junta da Freguesia do Soajo!

01/02/09

Cavalinho no prado a comer...

Down Under-Men at Work-Dortmund 1983 (Live)

Alguém se lembra?

Duvido!